Igreja Paroquial de São Cristóvão de Mondim

Igreja Paroquial de São Cristóvão de Mondim

IPA.00009058
Portugal, Vila Real, Mondim de Basto, São Cristóvão de Mondim de Basto

Arquitectura religiosa, gótica e barroca. Igreja Paroquial de planta longitudinal composta de uma nave e capela-mor, mais alta e estreita, de espaço interior diferenciado coberto por tectos em caixotões, com sacristia, torre sineira a flanquear a fachada principal e capela adossada lateralmente. Fachada principal de três panos definidos por pilastras toscanas e terminada em empena de volutas, rasgada por portal em arco de volta perfeita, e por janelão. Fachadas laterais com pilastras nos cunhais, rasgadas por duas janelas na nave e uma na capela-mor, e por porta travessa, de verga recta na lateral esquerda, e fresta e porta travessa, em arco quebrado, góticas, na lateral direita. Interior com coro-alto de madeira, baptistério no lado do Evangelho, confessionários embutidos confrontantes, púlpito, retábulos lateral e colaterais de talha policroma e dourada tardo-barrocos e retábulo-mor de talha dourada barroco joanino.

fonte: SIPA http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=9058

 

Do primitivo templo medieval apenas se conserva o portal lateral Norte, em arco quebrado, de três arquivoltas, duas em toro e a terceira composta por dois frisos com decoração fitomórfica distinta, assentes em impostas salientes e com pés direitos de ângulo chanfrado, uma fresta, ampliada e reformada, como é notório no vão entaipado, alteamento da cornija e aparelhos distintos da fachada Norte e algumas pedras sigladas.
Profundamente remodelada nos sécs. XVIII e XIX, apresenta uma capela lateral, da invocação do Sagrado Coração de Jesus, com portal moldurado, rematado por frontão interrompido com volutas e concha, uma invulgar capela-mor, mais alta que a nave e uma possante torre sineira a flanquear a fachada principal.
No interior salientam-se os equipamentos em pedra, especialmente a pia baptismal com taça monolítica octogonal, a base do púlpito que, até há pouco tempo, estava rematado com balaústres de pau-preto e o lavabo da sacristia velha, assim como os tectos de caixotões e os retábulos de talha barroca e neoclássica.
Diz a tradição que, o altar-mor, uma notável peça escultórica em talha dourada, se destinava à igreja de São Pedro em Vila Real. O comboio de carros de bois que a transportava teria ficado retido em Mondim devido a uma violenta tempestade de neve. Os moradores aproveitaram esta circunstância, mobilizaram-se e acabaram por adquirir o magnífico altar. Contudo, as proporções grandiosas da peça única obrigaram a profundas obras de remodelação da Igreja Matriz. Foi, provavelmente, invertida a orientação do templo, tendo sido construída a actual capela-mor para albergar a talha adquirida.
Possui esta igreja um espólio valioso, sobretudo fruto das dádivas do povo de Deus ao longo dos tempos e muito particularmente nos últimos séculos.